Aqui no blog desde o início são feitas reflexões sobre comportamentos masculinos ( deles os piores...rs) ou femininos a respeito do amor, das relações e como lidamos com tudo isso. Normalmente as conclusões são mais pessoais que uma visão geral, pois generalizar ( o que muitas vezes é difícil não fazê-lo em relação aos homens...rs) é complicado, mas falar do que nos é empírico facilita bastante.
Creio que o tema de hoje seja bem mais genérico. Estou lendo o livro "Comer, rezar, amar", creio que a maioria das pessoas que lêem esse blog, deve ter visto o filme, eu também vi, no entanto ler é muito mais enriquecedor e hoje percebi a beleza das verdades desta linda história (e o perigo é que estou só no início, e já estou aqui falando dele...rs). Ler nos facilitar perceber detalhes, sutilezas e a profundidade das histórias.
O trecho que, no momento, me tocou tem muito de nós mulheres, normais, que ainda buscam por um amor verdadeiro. Se todas nós encontraremos, não sei dizer, mas que muitas de nós erram muitas vezes na procura, isso eu sei! E na própria pele...rs Gostaria de saber qual mulher não passou pela experiência de se deixar levar por sentimentos de carência, cansaço, sonhos ,e porque não dizer, de desespero mesmo e acabou por se entregar, ou se envolver de maneira errada com o homem que em algum momento lhe pareceu perfeito?!.
"...um amor desesperado é sempre o tipo mais difícil de amor. (olha o tipo pelo qual ela se desespera...rs) "Descolado, independente. vegetariano, desbocado, espiritualizado, sedutor." (o tipo descrito por ela faria qualquer uma de nós, pobres mortais, se apaixonar loucamente, eu conheci alguém assim e você?...rs) (...) "No amor desesperado, nós sempre inventamos os personagens de nossos parceiros, exigindo que eles sejam o que nós precisamos que sejam, e depois ficando arrasados quando eles se recusam a desempenhar o papel que nós mesmos criamos. Mas, ah, como nós nos divertimos durante aqueles primeiros meses, quando ele ainda era o meu herói romântico e eu ainda era o seu sonho tornado realidade. Eram uma excitação e uma compatibilidade que eu jamais havia imaginado. (...) Imaginem a sua surpresa ao descobrir que a mulher mais feliz, mais confiante que já conhecera na verdade era - quando você ficava sozinho com ela - um poço sem fundo e enlameado de tristeza."
(...) "outro lado do meu apaixonado herói romântico - o David" (creio que cada uma de nós tem um nome que se encaixa perfeitamente ai...rs)" solitário como um náufrago, frio e que precisava de mais espaço para viver que um rebanho de bisões norte-americanos. (...) Eu estava insegura e dependente, e precisava de mais cuidado, do que trigêmeos prematuros. Seu afastamento só fez eu me tornar mais carente, e minha carência só fez acelerar seu afastamento, ate que, em pouco tempo, ele recuava debaixo de gritos chorosos meus. (...) O fato é que eu havia me viciado em David. (...) O vício é a marca de toda história de amor baseada na obsessão. Tudo começa quando o objeto de sua adoração lhe dá uma dose generosa, alucinante de algo que você nunca ousou admitir que queria - um explosivo coquetel emocional, talvez, feito de amor estrondoso e louca excitação. Logo você começa a precisar dessa atenção intensa com a obsessão faminta de qualquer viciado. Quando a droga é retirada, você imediatamente adoece, louco e em crise de abstinência ( sem falar no ressentimento para com o traficante que incentivou você a adquirir seu vício, mas que agora se recusa a descolar o bagulho bom. (...) Enquanto isso, o objeto de sua adoração agora sente repulsa por você. Ele olha para você como se você fosse alguém que ele nunca viu antes, muito menos alguém que um dia amou com grande paixão. A ironia é que você não pode culpá-lo." (Será?! Não foi ele quem nos fez provar da droga? Eu diria que ele tem sua parcela de culpa , principalmente porque, me parece, que o homem só nos suporta enquanto está tudo bem, eles não nos querem com nossos problemas e fraquezas. E por isso nos deixamos abater.) "Quero dizer, olhe bem para você. Você está um caco, irreconhecível até mesmo aos seus próprios olhos (em nosso drama, a primeira coisa que fazemos é piorar tudo "que temos de pior" e nos mostrando incapazes de viver sem a obsessão do amor...isso realmente não é bacana. rs). Então é isso, você chegou ao ponto final da obsessão amorosa - a completa e implacável desvalorização de si mesma.!"
Tais palavras foram retiradas do livro, mas acho que poderiam ser minhas, pois são tão dramáticas sinto que eu mesma as poderia ter escrito...rs
Não sei dizer se os homens passam por esse situação, mas eu já vivi e vi, várias mulheres passarem por esse processo de ilusão, obsessão e depois de decepção, a tristeza que nos leva a própria desvalorização. Porém é exatamente ai, no fundo do poço, ao acabarmos com tudo que possuíamos de bom é que surge a necessidade e a força de se recompor, de se refazer. Porém o mais importante é repensar e avaliar onde erramos, em que momento nos viciamos para que, nos tornemos mulheres menos desesperadas, mas preparadas e espertas, que saibam se auto-preservar, cuidar melhor de seu coração e evitar armadilhas criadas por nós mesmas, por nossas próprias ilusões e descontrole de nossos desejos.
Eu ainda não entrei na parte comer, do rezar e do amar.rs No entanto essa foi a introdução, um dos motivos, que fez a autora buscar outras formas de prazer para sua vida. Creio que por aqui, também nós, passearemos e descobriremos que o verdadeiro prazer está na simplicidade e na sutileza da vida.
Obrigada por sua visita, deixe seu comentário e volte sempre!
Abraço.
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