sexta-feira, 12 de agosto de 2011

"Não precisa casar, sozinho é melhor."

Boa noite...
primeiramente gostaria de agradecer os comentários de minha última postagem.  Fabrício, obrigada vc sempre me sensibilza e sua namorada me parece ser uma sortuda por ter te achado...rs 
Obrigada, Anacie, temos algumas ideias em comum, seu comentário mostrou simplesmente que não estou perdida de tudo, que meu sentimento é compartilhado...rsrs Valeu!
Bom, agora essa nova postagem traz um assunto que achei bem delicado e moderno pra minha cabeça...rs Algum tempo li uma coluna da Martha Medeiros, inclusive eu adoro essa coluna da revista de domingo do jornal O Globo, e ela falou do fim do amor romântico. Eu fiquei intrigada, incomodada e me senti meio fora do contexto proposto.
Agora recebi um email com o nome dado a essa postagem, é uma entrevista na revista Veja com o psiquiatra Flavio Gikovate. Na reportagem ele decreta o fim do amor romântico e deixa claro que ser sozinho é o caminho da felicidade.

Veja - O senhor diria para a maioria das pessoas que o casamento pode não ser uma boa decisão na vida?
Gikovate - Sim. As pessoas que estão casadas e são felizes são uma minoria. Com base nos atendimentos que faço e nas pessoas que conheço, não passam de 5%. A imensa maioria é a dos mal casados. São indivíduos que se envolveram em uma trama nada evolutiva e pouco saudável. Vivem relacionamentos possessivos em que não há confiança recíproca nem sinceridade. Por algum tempo depois do casamento, consideram-se felizes e bem casados porque ganham filhos e se estabelecem profissionalmente. Porém, lá entre sete e dez anos de casamento, eles terão de se deparar com a realidade e tomar uma decisão drástica, que normalmente é a separação.

Esse argumento eu posso até concordar, em nossa realidade é o que acontece.

Veja - Que conselhos você daria para um jovem que acaba de começar na vida amorosa?
Gikovate - É preciso que o jovem entenda que o amor romântico, apesar de aparecer o tempo todo nos filmes, romances e novelas, está com os dias contados. Esse amor, que nasceu no século XIX com a revolução industrial, tem um caráter muito possessivo. Segundo esse ideal, duas pessoas que se amam devem estar juntas em todos os seus momentos livres, o que é uma afronta à individualidade. O mundo mudou muito desde então. É só olhar como vivem as viúvas. Estão todas felizes da vida. Contudo, como muitos jovens ainda sonham com esse amor romântico, casam-se, separam-se e casam-se de novo, várias vezes, até aprender essa lição. Se é que aprendem. Se um jovem já tem a noção de não precisa se casar par ser feliz, ele pulará todas essas etapas que provocam sofrimento.

E essa fala, o que podemos concluir ou retirar em nosso benefício? Minha opinião estará ao final da postagem...rs

Veja - Ficar sozinho é melhor, então?
Gikovate - Há muitos solteiros felizes. Levam uma vida serena e sem conflitos. Quando sentem uma sensação de desamparo, aquele 'vazio no estômago' por estarem sozinhos, resolvem a questão sem ajuda. Mantêm-se ocupados, cultivam bons amigos, lêem um bom livro, vão ao cinema. Com um pouco de paciência e treino, driblam a solidão e se dedicam às tarefas que mais gostam. Os solteiros que não estão bem são geralmente os que ainda sonham com um amor romântico. Ainda possuem a ideia de que uma pessoa precisa de outra para se completar. Pensam, como Vinicius de Moraes, que 'é impossível ser feliz sozinho'. Isso caducou. Daí, vivem tristes e deprimidos.


Bom, com essa última parte já posso começar a desenhar e esclarecer o que penso sobre essa ideia moderna..rs
Sou uma mulher que ainda busca o amor romântico, moro só, sou independente e aprendi a fazer a maioria das coisas em minha vida, sozinha ou com amigos, com namorados não estou tão atualizada assim...rs Da minha vivência, posso chegar perto de concordar com alguma ideia da entrevista, realmente estar só não é sinonimo de solidão ou infelicidade. Mas também não é o de felicidade plena...rs
Sou uma mulher, todos que me conhecem sabe q não sou uma garotinha...kkk, na trajetória de  minha vida, vi muitas mudanças sociais, além, de conhecer algumas históricamente.
Houve um tempo em que as mulheres não escolhiam seu maridos, eram escolhidas. Nesse tipo de união a mulher se via obrigada a criar vínculos, laços afetivos com seus maridos e construir sua família á partir deles. Sabemos que não deu tudo errado durante esse tempo, essa famílias do nosso passado tinham  valores familiares e sociais muito mais amplos que os de hoje. Depois disso, nós mulheres, começamos a ter mais direitos e a escolher nossas relações pelo tal do amor romântico. Aqui os vínculos afetivos se faziam antes, na grande maioria das vezes se mantinham e eram reforçados pela família, seus valores etc etc, também deu certo por um bom tempo.
Depois, fomos nos libertando, principalmente sexualmente, dai pra frente, além do amor romântico, começamos a valorizar o vínculo sexual. To nessa geração...rs Começamos a viver a liberdade, as famílias são formadas por outros valores, as possibilidades afetivas foram ampliadas. Resultado? Confusão!!! kkkk Os homens e as mulheres começam a confundir tudo. Sexo, superhipervalorizado, dai foi um passo para o que vivemos nos últimos tempos... a desvalorização dos vínculos afetivos, a valorização da superficialidade e das relações passageiras, que não deixam rastro, não há cobrança, não há compromisso, mas quase sempre há bom sexo...etc etc. Que evolução!!!
Nossa, estou virando uma socióloga da história romântica...kkkk
Depois disso tudo, chegamos até aqui, onde já se fala que não precisamos do amor, do romantismo, do vínculo afetivo e do compromisso com uma outra pessoa, somente o compromisso consigo mesmo. Que chato!!! O pensamento atual é o resultado de toda essa liberdade, que eu, em minha ignorância e probresa de pensamento, não acredita que seja a melhor fase de nossa sociedade. O que estamos colhendo hoje, não são frutos saudáveis, é quase a decadência de nossa característica humana, pois o amor, "amor palavra que liberta, já dizia o profeta", foi deixado em um cantinho tão escondido que a maioria das pessoas que ainda o valoriza, não consegue mais encontrá-lo.
Tudo que li me fez pensar se o amor não está diretamente ligado aos nossos grandes problemas sociais. As pessoas sempre que falam, por exemplo, da violência a associa falta de amor das pessoas. Aposto que você acabou de pensar que estou doida...rsrs não sei, pode até ser. Mas a sociedade atual é fruto do fracasso familiar e das relações pessoais. Deixamos de amar, ninguém dá ao outro ou ao próximo o que não conhece ou reconhece como valor em sua vida. Se não há amor em nossos laços mais simples, como vivenciá-lo no mais amplo, como o social? A geração que está por ai, ela é fruto do sexo por sexo, da superficialidade humana.
Na mesma reportagem, logo após a parte da valorização do viver só, o psiquiatra é questionado se esse tipo de conduta não tornaria as pessoas mais individualistas. Ele responde 
 
"- Não há nada de errado em ser individualista. Muitos dos autores contemporâneos têm uma postura crítica em relação a isso. Confundem individualismo com egoísmo ou descaso pelos outros. São conceitos diferentes. Outros dizem que o individualismo é liberal e até mesmo de direita. Eu não penso assim. O individualismo corresponde a um crescimento emocional..."

Eu alego que esse senhor seja um irresponsável em fazer esse tipo de declaração. Como ter um olhar cuidadoso, amoroso, afetivo com o outro,  seja o parceiro (a), ou o outro ser humano, se me contento com minha própria cia,  com o meu amor por mim mesma e, onde tudo que eu faça será direcionado a somente a uma pessoa... EU!!!
Ainda não aprendemos lidar com as mudanças liberais e sexuais, será que aprenderemos diferenciar individualismo do egoísmo a tempo hábil de aprender amar o próximo como a si mesmo?
Caraca, to boba!!! Me amarrota que to passada!!! Hoje tornei-me socióloga e filosofa...kkkkk
Ame a si, viva um amor romântico e ame o próximo... VIVA O AMOR!!!!
Bobeiras a parte, coloquei aqui, o que realmente penso e minhas questões, pois não escrevo com certeza de nada, são apenas pensamentos, ideias. Por isso, volto a dizer, que sua opinião é importante para mim. Possibilita a ampliar meus conhecimentos, minhas ideias sobre tudo que é dito.
Se você chegou até aqui, não posso ir embora sem agradecer sua paciência...rsrs Obrigada!

2 comentários:

JOSÉ CARLOS disse...

OLHA MENINA!...
Gostaria de parabenizá-la pela sua postagem. pela sua visão inteligente sobre o assunto abordado. Você ganhou mais "pontos comigo". Seu conceito cresceu. Mostra ser uma mulher sensível. Confesso a você, que como um também "solitário", comungo e concordo em "gênero, número e gráu", com o seu ponto de vista à respeito. Em suma, acho que o "psiquiatra" que deu essa entrevista foi muito infeliz... é um "idiota" (com toda certeza um "louco" mal amado...rsss. Já passei por dois casamento, mas continuo acreditando no amor. Acho que ninguém consegue viver feliz sozinho. A solidão é terrível.
Um fortíssimo abraço e um beijo carinhoso.

Anacie Gonoring disse...

Oii. Sumi, mas morrendo de vontade de ler seu Blog...rs. Já diz a música do teen infanto-juvenil "Ninguém é feliz sem ser amado" by Luan Santana...rs. Concordo, não dá pra viver sem o amor. Por mais independente, mais profissional, amiga, amante...precisamos do olhar do "outro". CUIDADO, CARINHO, GESTOS...é a completude da presença, da preocupação, da alegria de compartilhar pequenos momentos, mas inesquecíveis...e como é bom saber que ele pensa em vc, que ele lhe deseja, é vc que ele quer no fim do dia. Viver sozinho, apenas como modelo de independência, mas sabendo que ele vai ligar, que você pode falar bobeiras, sorri e chorar sem medo e ele estará lá, com colo, aconchego e cafuné...Sim, assumo, também sou uma independente-romântica...rs. Um beijo!