domingo, 18 de setembro de 2011

"O despertar de uma paixão"

Oie, como estão todas(os)?

Agradeço ao José Carlos por seus comentários e pela importância que dá às minhas palavras e ideias, que poderiam ser soltas ao vento, mas que por ele e pelos amigos que me seguem ou comentam coisas, sejam aqui ou no facebook, tornaram o blog um momento de parada e reflexão. De qualquer forma se o blog não for útil a mais ninguém, com certeza continuará sendo útil a mim mesma...rs Quero dizer que estou com quase 500 visitas, nem imagino quais pessoas passaram por aqui e o que acharam, mas agradeço. Esse número de visitantes é bem maior do que eu poderia imaginar ou supor, assim me sinto motivada a continuar escrevendo. Viram? Tudo culpa de vocês!rs
Vamos ao que me interessa...rs

" O Budismo ensina que tudo é consequência de nossas intenções. O Dalai-Lama costuma dizer que,  de acordo com o budismo Mahayana, tudo depende da motivação. Frequentemente as principais perguntas no caminho espiritual giram em torno de intenções. O que realmente desejamos? Será que desejamos alegria? Queremos experimentar a paz, compartilhar felicidade? Desejamos sinceramente que outras pessoas vivenciem a paz e o contentamento? Ou queremos apenas continuar com nossas velhas rotinas insatisfatórias?" (Lama Surya Das - De agora em diante, uma pessoa diferente)

Me apoio no texto acima e principalmente na frase "Ou queremos apenas continuar com nossas velhas rotinas insatisfatórias?", para começar expor meu pensamento de ontem e hoje (ontem e hoje mesmo, sábado e domingo, não passado e presente...rsrs). Estive pensando em nossas conquistas amorosas, no empenho que fazemos para conquistar e na facilidade com que nos desapegamos dessas conquistas no primeiro  problema ou decepção. Qual é mesmo nossa intenção ao querer conquistar e ser conquistada por alguém? Por que somos tão volúveis e levianos com nossos sentimentos e com os sentimentos alheios? Porque paixões acabam tão facilmente? Onde erramos? Acho que descobri onde erro e onde erram comigo, vamos ao que percebi...
Quando as pessoas se interessam uma pela outra,  surge a preocupação com o ato da conquista, o ganhar a pessoa. Dai,  acabamos por nos  esquecer de demonstrar quem realmente somos, para mim, quem somos e as nossas verdadeiras intenções  é o que fará a diferença na hora em que for preciso tomar a decisão de querer ou não,  manter o relacionamento.
A conquista parece um jogo, onde se expõe só qualidades e o que espertamente descobrimos que o outro deseja escutar e saber. E talvez por temermos não alcançar o objeto de nossa conquista, acabamos omitindo verdades, usamos máscaras, fingimos e negamos nossa essência. Nada é tão verdade e muito menos, somente mentiras. Mesmo que um dos envolvidos na conquista consiga manter-se fiel as suas verdades, o outro não as vê, pois esse ainda não é o momento e objetivo. Desta forma não vemos e não aprendemos nada do outro. O que realmente quer e deseja, se os ideais combinam,  e assim mesmo, meio que sem querer, o vínculo se forma de maneira frágil e superficial. E quando menos esperamos e a figura real surge e não agrada tanto, o mais fácil a fazer é desistir e se embrenhar em uma nova conquista. Conquistar sempre é mais fácil que amar. Atualmente as coisas estão tão aceleradas que passamos da conquista  para o sexo com muita rapidez, nem bem conquistamos ou fomos conquistadas e já estamos transando...rs Assim, acabamos perdendo  a noção do tanto que é necessário e importante sabermos do outro , para depois irmos além, com calma.  para sentir e descobrir  o prazer em cada etapa que segue desde a conquista até a paixão, ao amor.
Um dia alguém, que tentava me conquistar, me perguntou o porquê deu querer ser tão certinha. Não sei o porquê, só sei que sou assim, como sou também chata, rigorosa, exigente e com muitas dificuldades de desculpar falhas. Quando ele me fez tal pergunta, imaginei que ele fosse um homem mais ligado e que havia percebido quem sou, com meus defeitos e qualidades. No entanto, mesmo que assim fosse, ele não resistiu,e no posto de sua essência masculina, e ignorando todos os sinais que dei, ele escondeu fatos importantes e o pior, me traiu. Traiu minha confiança, traiu minha entrega, traiu tudo que nos dissemos e sentimos (ou o que eu disse e senti). Tudo aconteceu, por eu não ter percebido esse particular em sua vida, e acabei prolongando algo que não deveria ter saído do primeiro contato. A culpa não é totalmente dele, pois em alguns momentos ele demonstrou ser o que realmente era, mas eu, encantada com a possibilidade de acerta dessa vez,  ignorei fatos e escolhi seguir a imaginação e as minhas próprias expectativas. Só mesmo quando a coisa ficou clara e escancarada...rs e eu não podendo mais me colocar no papel de inocente, fui obrigada a tomar uma decisão, mesmo que doendo. Após tomada decisão, tentei por todos os meios e palavras atingi-lo de maneira que ele viesse a sentir a mesma dor, não sei se consegui, mas tenho certeza que o vazio que passou a me acompanhar o  acompanhou também. A decepção não foi só pra mim, para ele também, pois ambos nos enganos quanto ao que éramos e o que pensávamos de verdade. Ambos falharam, vivemos o jogo da conquista e não quisemos nos arriscar falando profundamente sobre o que queríamos, desejávamos e intencionávamos. Intenções diferentes com certeza criam expectativas diferentes, dai o desentendimento.
Creio que isso tem acontecido muito comigo, por radicalismo, acabo me afastando e não permitindo outra chance, não permitindo recomeçar, não permitindo que ambos se reapresentassem (o caso acima é uma exceção, tive motivos para me afasta). No entanto esse tipo de atitude não é só minha, eu assim faço por radicalosmo...deve ser da idade.rs, mas a maioria das  pessoas agem assim por que parece ser mais fácil seguir em frente, encontrar outra pessoa e recomeçar outra conquista do que investir em alguém já  conquistado e que, infelizmente,  não é do jeito que imaginava ou desejava.
Bom, descobri isso tudo assistindo ao filme que usei como título para esta postagem. O filme é lindo, vale a pena assistir. É uma dramática história de amor, tudo que nós mulheres gostamos, um lindo drama regado de muito amor...rs. No filme há dois tipos de relação e em ambas as decepções causadas foram porque os pares não se conheciam e a paixão só surge, realmente, quando um começa a conhecer o outro em sua essência.
Hoje corremos tanto que não damos o devido tempo, ou não "perdemos" tempo conhecendo, curtindo o outro. Queremos ir pulando etapas para ver no que vai dar. E o que tem dado? M...rsrs Mulheres magoadas e decepcionadas com os homens e em muitos casos chorando e se culpando por mais uma perda, temos também, homens decepcionados  achando que todas são iguais e não merecem o seu melhor, e por não chorarem, transam!!! rs Assim seguimos, conseguimos alguns bons encontros e terminamos em frustrantes desencontros.  
Pois é, amigas(os) tudo nesse mundo é rápido e a maioria das coisas descartáveis, no entanto, uma coisa mais que importante precisamos aprender, que o amor leva tempo para nascer e crescer, que esse tempo vale a pena ser "perdido", investido e doado. E não há outro caminho, se não, o de curtir prazerosamente cada minuto da conquista, da paixão, do conhecer para chegarmos ao tão esperado, desejado, almejado AMOR!!! rs
Bom, vou parando por aqui, parece que cada dia eu fico mais faladeira...rsrs chato né?! Aqui, tenham todos uma boa semana, espero não ter nada pra escrever essa semana, pois vocês precisam do tão falado tempo...rs
Abraços carinhosos.

Um comentário:

JOSÉ CARLOS disse...

Oiii... olha eu aqui de novo comentando o seu texto...
Ontem, lendo um texto da Martha Medeiros, editado na Revista (Jornal o Globo, de domingo), lembrei muito de você. O texto em questão falava sobre a “Palavra”. Hoje, me deparo com seu texto, muito bem escrito por sinal e confirmo mais uma vez que você sabe realmente fazer uso da palavra.
Numa parte do texto da Martha, dizia: “... como é que uma pessoa que tem dificuldade com a palavra consegue externar suas fantasias e carências durante uma terapia. Consultas são um refinado exercício de comunicação. Se relacionamentos amorosos fracassam por falhas na comunicação, creio que a relação terapêutica também poderá naufragar diante da impossibilidade de o paciente se fazer entender.”
A “palavra” exata é um pequeno diamante. Uma ferramenta. Fiz esse prefácio, para entrar no seu texto. Você se expressa com elegância. Sabe fazer uso da palavra como poucos, para externar suas fantasias e carências. Faz isso com maestria. Com um procedimento quase cirúrgico. Seu texto de hoje, me tocou profundamente. Estou aqui refletindo e me perguntando se procedo da forma como você diz no texto.
Mais uma vez você esta de parabéns pelo belo texto. Pela forma como você colocou a questão.
Um beijo carinhoso e um forte abraço do seu fã.